segunda-feira, 28 de maio de 2012

As vezes a gente demora tanto tempo pra ver óbvio que até assusta quando percebe.

A condição humana é algo que realmente merece ser analisada, com tanto potencial, com tantas possibilidades,  e geralmente tão condicionada, tão limitada, prepotente e egocêntrica.

Quantos erros são cometidos na ilusão de um conhecimento. Quantas vezes o nunca ou o sempre vem acompanhado de frases que nos farão morder a língua???

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Amar de novo....

Quem nunca sofreu por amor é porque provavelmente, de fato, nunca amou.
Quando a gente ama a gente sofre... seja por saudades, seja por preocupação.
A gente fige que tá tudo certo, mas no fundo sente aquela aflição...
Quer seja uma briga, ou uma febre alta... a gente acaba sofrendo...

E quando nosso amor se vai? Nos rasgamos inteiro, deseperamos...
Como se o mundo acabasse, como se a vida perdesse o sentido...
E então a gente acha que nunca mais o amor vai bater na sua porta..
.... e... de repente....

O amor bate na sua porta... e então... amamos outra vez...
Não que o amor antigo tenha se extinguido, não que, não tenha sido importante ou que não tenha sido verdadeiro... é que a vida tem mais sentido quando o amor nos acompanha....

Amei você desde o primeiro momento...
Amo você com toda a minha alma...
Mas, você se foi e eu espero te encontrar de novo no fim dos tempos....

Agora é me preparar pra amar de novo... amar como te amei...
E continuar te amando SEMPRE... por todos os dias da minha vida!!!

terça-feira, 15 de maio de 2012

canis moritur - vil tristeza

E quando aquele serzinho brincalhão e dócil se vai... a gente se rasga por dento...
É tão triste perceber o quanto a vida é efêmera, o quanto a gente perde tempo com besteiras.
Não existe sorriso mais lindo do que o de um cão quando vê seu dono... e somente os que realmente amam seus bichinhos conseguem ver o quanto eles nos amam.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Isa

Um dia, eu perdida no silencio das minhas lágrimas, me deparei com o seguinte fato: eu tenho você presente na minha vida. Eu fui abençoada com a sua amizade.

E a cada tropeço, a cada briga, ou desentendimento, nas minhas teimosias ou nas suas "empacadas", na minha constante busca pela "magia" das coisas você estava alí.

Eu não poderia descrever a imensa felicidade de comungar essa dadiva da amizade. Não poderia descrever a importância de me sentir aceita e amada.

Não somos parecidas, sequer agimos de forma semelhante, temos abismos entre nossas convicções. Discordamos de quase tudo nessa vida. Se brincar a unica coisa que concordamos é que chocolate é bom demais (e ainda assim não vamos concordar com qual é o melhor). Mas, somos amigas. Não por um motivo banal, mas porque Deus quis,  e ele quis que fossemos exatamente assim diferentes para que a gente aprendesse uma com a outra o que é o amor, a compreensão, o carinho a fraternidade. Nos aceitamos porque nos escolhemos e é assim a praticamente 25 anos.

FELIZ ANIVERSÁRIO MINHA QUERIDA AMIGA!!!!!

Mamãe


Só quem sabe o fardo de ser mãe pode entender outra mãe. Não que eu queira me dizer entendedora do assunto (visto que nunca fui mãe), mas compreendo que o amor de mãe deve ser algo muito difícil de lidar.

Mãe é um ser que ao escolher cultivar a vida, se desprende um pouco da própria, abdica de sua individualidade, para nunca mais estar sozinha novamente.

E essa renuncia de si mesma vem carregada de responsabilidades e medos. Ainda que mães sejam seres abençoados, são humanas. Cheias de erros e de acertos.

E quem nunca viu em sua própria mãe a figura de uma madrasta má em suas broncas e castigos? O amor de mãe compreende, ou pelo menos deveria, o amor severo: que cria, protege, guarda e educa. Por oras, será um amor calmo e tranqüilo, por ora rígido e responsável.

E como não errar sabendo que uma vida depende de você? Como aceitar e deixar que o indivíduo aprenda errando, se machucando, caindo? Porque uma verdadeira mãe sabe que jamais poderá poupar o filho das amarguras da vida, a verdadeira mãe prepara o filho para transpor os obstáculos e não a desistir perante eles... A verdadeira mãe ora será a heroína que salva o dia com bolinhos de chuva, cafunés e colos; outra hora será a vilã cruel com suas broncas, castigos, excessos de cuidados, ciúmes ou “humanidades”.

A questão é MÃE! Quisera eu que Deus por um descuido te fizesse eterna.

Feliz os dias da minha vida em que te tenho por perto!!!




Casualidades


Um dia a gente se depara com o tal do "encontro casual".
Mas, afinal o que quer dizer o bendito do encontro casual?

Momento pra fugir das formalidades, soltar as amarras e simplesmente curtir. Curtir o momento, as cores, os sabores, os sons. Um momento pra liberar o lúdico e desfrutar do ócio.

 O fato é que esse tal encontro casual, embora tenha  em sua origem uma questão de familiarização e descontração daqueles que a principio apenas se encontrariam em momentos formais, sem o compromisso de seguir formalidades e protocolos.

 Mas, sem as formalidades e as normas, as atitudes se tornam sem jeito. A gente não sabe onde colocar as mãos, o que deveria ser natural se torna difícil. Momentos de constrangimento, e depois, depois as coisas acontecem.

Encontros casuais se fazem quando a gente menos espera. Podem acontecer verdadeiramente ao acaso, naquele dia em que você resolve dar uma volta e acaba encontrando alguém aleatoriamente. Ou podem acontecer com dia e hora marcada aquela pessoa escolhida em um local pré definido, um encontro sem compromissos.

Podem até virar projetos de vida com todos os compromissos que requer aquela pessoa que te faria implorar para que o mundo parasse, com quem todas as horas seriam insuficientes.




Caçador de mim

"Por tanto amor por tanta emoção a vida me fez assim: doce ou atroz, manso ou feroz, eu - caçador de mim"


Essa musica sempre mexeu comigo, e a cada dia que passa mexe mais.
Não sei se sou só eu, ou se todo mundo é assim, se é fase ou não, mas o que sou é resultado do que vivi.
Não sou adepta a modelos, o que vale pra mim pode ser completamente falido pra você.

Sei que a vida tem vindo com um gosto cada vez mais encorpado, os dias quentes estão mais quentes e os frios estão mais frios, as alegrias cada vez maiores, as tristezas cada vez mais profundas. E os momentos de paz cada vez mais preciosos. Uma hipersensibilidade gritante e pungente domina meu ser, causando reações e sensações inesperadas e desproporcionais.

Ainda que os dias se tornem mais claros, que a "joie de vivre" dê sinais de sua existência, embora cada dia me revele mais o significado e a amplitude do "carpe diem", eu me deparo com a triste realidade de que estou, cada vez mais, me tornando individualista e fechada.Os meus prazeres são meus, meus medos são meus, quem tem que conviver com a carência ou com a plenitude sou eu.

Não acredito mais na história de que as pessoas nasceram pra encontrar um amor. Nascemos sozinhos, morreremos sozinhos, sentimos tudo sozinho pois, ainda que acompanhados, jamais saberemos realmente o que o outro sente. Acreditar que existe a necessidade de outra pessoa é limitar demais a existência. Precisamos, realmente, de duas pessoas: aquelas que nos geraram... e mesmo assim, olhe lá. Claro que ter alguém com quem compartilhar as coisas é, de fato, muito bom. Mas, para estar com alguém é necessário em primeiro lugar estar bem consigo mesmo.

Saí em busca de mim mesma, descobrindo prazeres, negando transtornos, tentando curar as feridas. Descobri a maravilhosa sensação de ser amiga de mim mesma. Ainda que muitas vezes eu aja como uma besta ferida, atordoada em si mesma e, atropelando todos os que atravessam seu caminho.Se hoje eu sou o que sou, se penso como penso, se ajo como ajo... é por conta das coisas que eu vivi, vi e aprendi. Não sou exemplo  de conduta, nem pretendo ser, não quero ser ou estar certa, só quero ser feliz.





sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dandara II

Instantes após a experiencia de descoberta: de sua existencia, de seus sentidos. Passos... não foram passos apressados ou passos de quem anda desavisado por aí, passos de alquem que tenta esconder a aproximação.

Ela sentiu seu coração palpitar, a respiração teve de ser contida. Se encolheu como se numa concha, não estava propriamente vestida, apenas uma fina tela (como que de seda) cobria suas vergonhas. Não sabia o que esperar, suas lembranças estavam resumidas aos momentos anteriores e à imagem distorcida de um rapaz que ela não saberia dizer quem era.

Não sabia onde estava, ou quem era, ou o que devia esperar, a excitação aumentava, e sua curiosidade também.

"Quem vem lá? Te ouço, mas não o vejo..."

Então um barulho de gravetos se partindo foram ouvidos cada vez mais perto, e então, um menino de olhos negros e cabelos emaranhados, surge como um bicho assustado e indefeso. Ele inclina a cabeça para o lado, como se quisesse vê-la em seu melhor "angulo". Então ele sorri.

"Meu nome é Andrei, e o seu?"

Ela então corou, não se lembrava de nome algum... não sabia sequer como tinha chegado ali.

"Não sei, eu... eu não me lembro..."

"Quer que eu te dê um? Por certo que você não pode ficar sem um nome... eu tenho gosto muito de Dandara"

"Dan-da-ra -- ela repetiu bem devagar, como se saboreasse o nome -- É sim... pode me chamar de Dandara"

O menino então a fitou de cima a baixo, encantado com as formas delicadas da moça... quando finalmente disse:

"Você não pode ficar assim, certamente irá precisar de roupas."

E como se somente então ela tomasse consciência de sua nudez o rubor invadiu-lhe o rosto e ela se encolheu.
O rapaz sorriu e depositou suavemente uma camisa de linho em seus ombros....